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Exercícios versus açúcar no sangue
A atividade física é importante para o combate à doença, mantém o paciente mais magro e com massa muscular mais consistente

A medicina possui verdades transitórias. O que é bom para a saúde hoje pode não ser amanhã e vice-versa. Mas é importante observar que todas as mudanças têm um fundamento científico bem explicado. Foi-se o tempo em que um paciente convalescente precisava ficar de “molho”, encamado, até se restabelecer totalmente de uma doença. A recomendação agora é o oposto, que se mexa, não fique parado, para que o organismo volte a funcionar com normalidade o mais rápido possível.

No diabetes, o procedimento para a diminuição do nível de açúcar no sangue segue recomendações semelhantes. O portador da doença pode e deve manter-se ativo, não apenas em crises. É importantíssimo manter uma rotina firme de atividades físicas e munido de um companheiro inseparável, o medidor de glicemia. “Possuo muitos pacientes que deixaram de tomar insulina depois que passaram a se exercitar”, conta o médico pesquisador da Universidade de São Paulo, Carlos Eduardo Couri. A explicação é simples: o diabetes nada mais é do que o excesso de glicose no sangue.

O pâncreas é o órgão responsável pela produção da insulina que combate o açúcar e sua produção pode não ser suficiente. Nestes casos, os exercícios entram como um poderoso componente de tratamento e diminuição dos níveis glicêmicos, daí a necessidade de controle. Os músculos são grandes consumidores de carboidratos, geradores de açúcar. A atividade física é importante para o combate à doença, mantém o paciente mais magro e com massa muscular mais consistente. Sua prática diminui a sobra de açúcar, estimulando a produção de proteínas que recolhem o excedente e o transportam para o interior das células.

“Desse modo, os pacientes necessitam de menos insulina para absorver o açúcar”, explica Couri. Mas cuidado: o exercício, para ser benéfico, precisa ser uma prática rotineira. Tem que ser como o hábito de escovar os dentes, preventivo, que faça parte do dia a dia. O mínimo indicado de exercícios é de cerca de trinta minutos, ao menos três vezes por semana.

Consulte um especialista

A prática deve ser precedida de alguns cuidados, como consulta a um médico, passar por exames pertinentes como o ergométrico e ter o acompanhamento de um profissional de educação física, especializado em trabalhos com diabéticos. Para quem toma insulina e faz uso de sulfonilureias, a medição glicêmica é obrigatória antes do exercício. O ideal é que o dispositivo marque mais de 100mg/dl. Isto porque, durante os exercícios, os níveis podem cair e o praticante vir a sentir tonturas, confusão mental e desmaios, causados pela hipoglicemia (diminuição de glicose no sangue).

Há, entretanto, algumas restrições à atividade física, principalmente a pacientes que têm níveis de glicemia descontrolados, pois, se ocorrer uma maior liberação de hormônios contrarreguladores, provocará um efeito contrário ao esperado e aumentará o açúcar no sangue.

Respeite as recomendações

Os pacientes devem seguir as orientações do médico, que avaliará as melhores opções de acordo com a necessidade de cada um. No início, talvez a prática de atividades físicas leves seja a melhor opção, para que não haja o risco de hipoglicemia. Mas, se bem acompanhado, o paciente tende a evoluir e, se desejar, tornar-se até mesmo um atleta profissional. Algumas atividades são mais aconselhadas do que outras.

O cuidado com os pés, por exemplo, é primordial. As atividades de menor impacto são as melhores. Natação, por exemplo, é altamente indicada, além de evitar lesões, traz benefícios completos. Já o jogging (ritmo e velocidade mais rápidos que na caminhada e mais lentos que ao correr) é melhor ser evitado ou, ao menos, ser praticado com grande cautela, impedindo a formação de bolhas e machucados nos pés, pois os diabéticos têm a cicatrização mais difícil e demorada. “Se os machucados forem pequenos e não forem percebidos a tempo, em virtude da insensibilidade do local, outro fator comum do diabético, podem se tornar problemas sérios”, diz William Komatsu, educador físico da Universidade Federal de São Paulo.

É recomendado examinar bem os pés antes e depois da ginástica, o mínimo arranhão precisa ser tratado. Grandes distâncias devem ser evitadas, tanto pelo maior risco de contrair machucados como pela chance de ocorrer hipoglicemia. É bom observar também a respiração do praticante, para evitar aumento da pressão nos olhos, determinante para o rompimento de vazinhos, “a tal da retinoplastia”, complementa o educador.

De acordo com a educadora física Sonia de Castilho, cuidados nunca são demais. Para o perfeito aproveitamento dos benefícios do exercício, algumas regras são imprescindíveis: lubrificar com pomadas adequadas os dedos dos pés para evitar atritos; alongar bem o corpo antes dos exercícios (o diabético tende a apresentar maior rigidez nas articulações); fazer uso ativo do monitor de glicemia antes, durante e após a prática; hidratar-se bem, para eliminar a glicose pela urina; carregar sempre um alimento rico em carboidrato simples (frutas, mel, leite e derivados) e portar uma carteirinha de identificação de diabético.


Fonte: Revista Medicina Social


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