Você trabalha, estuda, cuida dos filhos, da casa e ainda precisa ser magra e bonita. Com tantas funções fica difícil não se estressar. A correria do dia a dia e o estilo de vida da mulher moderna viraram armadilhas para o seu coração.
Tanto que as mulheres sofrem infarto agudo do miocárdio, principalmente entre os 40 e 50 anos, com mais gravidade que os homens. E o cigarro, estresse, anticoncepcional, sedentarismo e obesidade podem causar o problema. "As artérias da mulher são por natureza mais finas. Ela faz menos exercícios que o homem e não desenvolve as artérias coronárias acima de 3 milímetros. Por esse fator, o índice de infarto grave é muito maior", explica o cirurgião cardiovascular Schariff Moysés.
Menopausa
"Nessa fase, a mulher sofre uma perda muito grande de estrogênio, que é o hormônio feminino responsável pela manutenção do revestimento dos vasos sanguíneos, o que reduz o ritmo do coração", afirma o cirurgião.
Anticoncepcional
Muito comum entre o sexo feminino, o uso da pílula anticoncepcional pode trazer prejuízos ao coração. "Hoje já é possível encontrar medicamentos com menos estrogênio, mas alguns ainda podem sobrecarregar o organismo desse hormônio, provocando coágulos que impedem a passagem sanguínea", ressalta Moysés.
Se combinado ao cigarro, os riscos são ainda maiores. "Em mulheres que fumam e usam anticoncepcional o índice de infarto é muito maior do que as que não fazem essa combinação".
Sintomas
Segundo o cirurgião cardiovascular, os sinais de alerta para o infarto do miocárdio são: dor no peito, enjoo, vômito e falta de ar.
Atividade física
Para o médico, os exercícios são fundamentais. "Os exercícios vão aumentar as artérias coronárias, irrigando melhor o coração. Eles também aumentam a imunidade do organismo, reduzindo as chances de ter câncer e infarto", diz.
Quando ir ao cardiologista
A partir dos 30 anos de idade, o cirurgião recomenda uma visita ao cardiologista. "Primeiro a mulher deve fazer um exame clínico e, anualmente, um eletrocardiograma". O médico lembra que as mulheres que têm familiares com problemas cardíacos devem ser acompanhadas com mais atenção.
Fonte: Gazeta Online |