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Pressão sob controle?
O homem fica hipertenso, em média, depois dos 35 anos e a mulher após os 40

Considerada um dos mais graves problemas de saúde pública no Brasil e, igualmente, nocivo fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, a hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é a principal responsável pelo aumento de ocorrências de acidente vascular encefálico (derrame) e infarto agudo do miocárdio (ataque cardíaco), atualmente as duas maiores causa de mortes no país.

“A hipertensão é um inimigo bem próximo, que mora dentro de cada indivíduo, e é uma doença silenciosa, porque raramente aparecem sintomas; mas quando se manifesta, é tarde demais para os chamados órgãos-alvo, como coração, cérebro, rins, vasos arteriais e retina, que acabam sofrendo as consequências diretas do aumento duradouro da pressão”, avisa Cibele Rodrigues, professora titular de Nefrologia da PUC-SP, diretora do Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Nefrologia e membro da Sociedade Brasileira de Hipertensão.

Todos os dias, passam pelas artérias cerca de cinco litros de sangue. Dentro de vasos saudáveis, essa travessia é tranquila. Mas não para pessoas que sofrem de pressão alta. Nesse grupo chamado de hipertensos, o sangue viaja apertado. A circunferência interna das artérias diminui deixa menos espaço para o sangue, que, então, começa a pressionar as paredes deformando-as. A pressão é considerada normal quando os valores são de 120/80 mmHg (12 por 8). Uma pessoa pode ser diagnosticada com hipertensão quando os níveis da pressão estão acima de 140/90 mmHg (14 por 9).

Estes números, na verdade, representam a força gerada pelo bombeamento do sangue, que é feito pelo coração, e passa pelas artérias. O número maior (12) indica a pressão provocada quando o coração contrai (sístole) para distribuir o sangue e o menor (8) quando ele relaxa (diástole). “Estima-se que aproximadamente um terço da população brasileira tenha hipertensão. E, quanto maior a idade, maior a prevalência de pressão alta. Cerca de 60% das pessoas com mais de 65 anos têm a doença”, diz Antônio Carlos Bacelar, cardiologista do hospital israelita Albert Einstein.

A hipertensão pode ser dividida em dois grupos: primária e secundária. A pressão alta primária, mais comum entre a população, não tem uma causa específica, é considerada multifatorial e envolve, além da genética, raça e o estilo de vida. Já a hipertensão secundária acontece quando existe alguma outra doença envolvida, que leva ao aparecimento da pressão alta, como, por exemplo, apneia do sono, problema na tireoide, diabetes e problemas renais, entre outras, informa Bacelar.

“Nem mesmo as crianças escapam da pressão alta, aproximadamente 5% delas têm o problema e deveriam ser diagnosticadas e tratadas”, alerta Rodrigues. Conforme explicam os especialistas, a genética tem alto peso sobre o aparecimento de hipertensão. Portanto, se os pais têm pressão alta, a chance de um filho desenvolver a doença é de 50%. Se apenas um deles tem a doença, a chance diminui para 30%. Negros, por exemplo, têm até duas vezes mais chances de desenvolver a doença que os brancos.

Outros fatores responsáveis pelo surgimento e agravamento da hipertensão são: maus hábitos alimentares, como o consumo abusivo de sal e de alimentos industrializados; sedentarismo; estar com sobrepeso ou obesidade; ingestão de bebidas alcoólicas em excesso; uso frequente de descongestionantes nasais, anti-inflamatórios e anticoncepcionais.

Para Bacelar, é preciso combater essa Epidemia no País com programas de prevenção a saúde e ações de prevenção. “Existe tratamento para a doença com medicamentos, mas o ideal é prevenir-se através de medidas simples, como, por exemplo, manter uma dieta rica em frutas e verduras, com baixo teor de gordura saturada e total. Também é importante a prática de exercícios físicos e o controle do estresse emocional por meio de ioga, meditação ou outro incentivo ao corpo e à mente”, diz o especialista.

De acordo com o último levantamento realizado em 2012 pelo Ministério da Saúde, por meio da Vigitel (Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por Inquérito Telefônico), muitas pessoas foram identificadas com pressão alta, mas desconhecem este fato. Os dados apontam ainda que, entre a população que sabe e declara ter a doença, 26,9% são mulheres e 21,3% são homens. Cibele Rodrigues informa que o homem fica hipertenso, em média, depois dos 35 anos e a mulher após os 40 anos, já que os hormônios femininos ajudam a controlar a pressão. Por isso, todo adulto deve medir sua pressão arterial. Se descobrir que é hipertenso, precisa ter acompanhamento médico para o resto da vida.

A doença é crônica, quase sempre não tem cura, mas tem controle e só complica em quem não se trata corretamente. Conforme avisam os especialistas, quem sofre deste mal precisa ficar atento, mesmo que não sinta absolutamente nada, e mudar o estilo de vida é tão ou mais importante do que tomar medicamentos, que hoje estão disponíveis na rede pública gratuitamente.

Não deixe a pressão alta enganá-lo. “Conhecer o seu próprio corpo é o primeiro passo para combater este inimigo controlável. Esteja sempre alerta para alguns sintomas da hipertensão, como pressão muito forte na região da nuca, tontura e zumbido no ouvido. Visite um médico regularmente e faça os exames de rotina. Cuide-se, afinal não dá para perder o jogo para a pressão alta com armas tão simples e poderosas à nossa disposição”, conclui Rodrigues.

Confira 10 dicas para prevenir a hipertensão

  1. Caminhe ou faça qualquer atividade física regular.
  2. Dê risadas. Muitas!
  3. Não é possível mudar a genética, a raça e a idade, mas dá para se livrar daquelas gordurinhas.
  4. Deixe o estresse de lado e ame mais!
  5. Corte o cigarro.
  6. Durma bem e alongue-se antes de sair da cama. Roncos podem ser sinais de alerta, principalmente em obesos.
  7. Troque a sobremesa por uma fruta. Se for para comer chocolate, que seja pouco e com alto teor de cacau.
  8. Tenha uma alimentação saudável e balanceada!
  9. Diminua o sal! Ele incha e retém líquidos.
  10. Deixe a bebida alcoólica só para os finais de semana e beba sempre com moderação. Prefira uma taça de vinho tinto, mas só uma por dia.

 

Fonte: Revista Medicina Social

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