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Envelhecimento: que idoso você vai ser?
Riscos de doenças aumentam com a idade. Mas há formas de gerenciá-los e ter uma velhice mais saudável

As estatísticas comprovam: quanto mais velhos ficamos, maiores são as chances de ficarmos doentes. Os estudos revelam que pessoas a partir dos 60 anos são portadoras de três a cinco doenças crônicas. A hipertensão, mal que potencializa riscos cardiovasculares, ainda mais quando associada ao sobrepeso ou a outras enfermidades, afeta, pelo menos, 50% desse contingente; o diabetes, 20% daqueles acima de 70 anos.

A partir da sexta década de vida, 20% das pessoas apresentam alterações de memória que impactam de alguma forma o cotidiano. Também aumentam os quadros demenciais, como Alzheimer, e os problemas osteoarticulares provocados por doenças como a osteoporose e agravados pela perda progressiva da massa muscular (dos 30 aos 50 anos perdemos cerca de 10% de massa muscular e, a partir daí, 1% ao ano).

O fato é que apenas 10% dos idosos não têm doenças ou conseguem retardar bastante o aparecimento. Mas, quem não pertence a esse grupo de privilegiados pode, sim, envelhecer bem, garantindo boas condições físicas e mentais. "Para que as enfermidades comumente associadas ao envelhecimento não causem impacto no dia a dia do indivíduo, é preciso que sejam precocemente identificadas e devidamente acompanhadas. Esse é o caminho para evitar intercorrências e sequelas", afirma o Dr. Clineu de Mello Almada Filho, geriatra do Hospital Israelita Albert Einstein.

"Partimos de um diagnóstico individualizado para detectar possíveis fatores de risco e monitorar eventuais alterações musculares, hormonais e inflamatórias, a tríade de focos de problemas que costuma vir com a idade. Daí, traçamos a estratégia de prevenção e controle", completa.

Um dos marcadores investigados pelos geriatras é a marcha. Valorizando sempre a capacidade funcional dos indivíduos, observa-se a forma de andar e a relação entre tempo e espaço percorrido visando identificar fragilidades e possíveis causas. "Estudos internacionais mostram uma relação entre lentidão da marcha e maior mortalidade ou maior possibilidade de desenvolver doenças", informa o Dr. Clineu.

Outro fator que costuma preocupar as pessoas à medida que os anos passam está relacionado com a memória. No Brasil, 7% dos problemas de memória estão relacionados à doença de Alzheimer e a outros quadros demenciais, como aqueles provocados por acidentes vasculares encefálicos. Estes, por sua vez, estão associados a males como a síndrome metabólica, que abrange alterações como pressão alta, aumento da taxa de glicose e gordura abdominal, entre outros.

"O problema é que a incidência dos quadros demenciais, incluindo Alzheimer, dobra a cada cinco anos. Em torno dos 80 e 85 anos, entre 30% e 40% das pessoas apresentam esses quadros", destaca o Dr. Ivan Hideyo Okamoto, neurologista do Einstein.

Estilo de vida

A qualidade do envelhecimento depende em boa parte do estilo de vida e de fatores ambientais. A carga genética, aspecto no qual não podemos interferir, responde por apenas cerca de 25%. Ou seja, o indivíduo pode fazer a sua parte desde cedo, com alimentação equilibrada e prática de atividade física, além de não fumar e evitar o álcool, entre outros hábitos saudáveis. A partir de certa idade, suplementação de vitaminas e reposição hormonal podem ser necessárias.

Sabe-se hoje da especial importância da vitamina D. Além de melhorar a força muscular do idoso, diminuindo o risco de quedas e as sérias consequências a elas associadas, essa vitamina, conforme pesquisas diversas, tem efeito positivo sobre o sistema imunológico. A reposição hormonal, por sua vez, pode ser indicada tanto para mulheres como para homens quando constatadas deficiências hormonais. No caso masculino, por exemplo, o hipogonadismo, doença relacionada à disfunção testicular, pode levar à redução da testosterona, ocasionando redução da força e sensação de fraqueza, além dos impactos na vida sexual.

Mas é preciso estar atento para outro fator-chave: o bem-estar emocional. "A desordem afetiva, que, entre outros pontos, inclui estresse crônico, ansiedade e rotina de atividades sob grande pressão pode afetar o sono, a libido, a qualidade de vida e gerar alterações de atenção. Muitos pacientes que se queixam de perda de memória têm, na verdade, problemas de atenção que fazem com que não consigam adquirir a informação adequadamente ou evocar a informação que já têm guardada na memória. A memória da pessoa não envelhece. Quem envelhece é o cérebro, que vai se tornando mais lento com o tempo. É como um computador mais antigo. A pessoa vai ter um processamento mais lento", explica o Dr. Ivan. Segundo ele, o sinal de alerta em relação à memória é quando ela atrapalha o dia a dia.

Um aspecto precisa ser destacado: pessoas que envelhecem bem são geralmente pessoas que se sentem mais felizes e enxergam a vida com otimismo. "Uma questão frequente dos estudos populacionais é 'o que você acha da sua própria saúde?'. Aquelas que respondem positivamente, ainda que tenham limitações, parecem viver mais do que aquelas que têm uma postura mais negativa, mesmo que não tenham problemas efetivos", conta o Dr. Clineu.

"Há poucos anos foi publicado um estudo que demonstrava que pessoas que faziam atividades físicas, como dança de salão, tinham menos chances de desenvolver Alzheimer. Mas isso estava menos relacionado à atividade física. O importante a ser observado era o estado de espírito dessas pessoas, marcado pelo otimismo e sempre dispostas a novos conhecimentos e pertencer a redes sociais mais amplas", acrescenta o Dr. Ivan.

A fonte da juventude, é verdade, não existe. Mas cultivando hábitos saudáveis, prevenindo ou gerenciando as doenças, é possível envelhecer bem e curtir a vida aos 60, 70, 80...

Fonte: Site do Hospital Albert Einstein



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