Há quem imagina que cuidar da saúde é tomar grandes quantidades de remédios, frequentar semanalmente um consultório médico ou ainda realizar ao menos um exame por mês. Com o acesso rápido a especialidades médicas através dos planos de saúde, a corrida contra as doenças ficou cada vez mais acelerada.
Uma enxurrada de exames toma conta das despesas médicas na esperança da prevenção. Mas o que é prevenção? De acordo com o dicionário da língua portuguesa, prevenção é o “conjunto de medidas ou preparação antecipada de (algo) que visa prevenir (um mal)”.
“Realizar muitos exames não é sinônimo de prevenir. A população precisa entender os riscos que existem por trás da exposição à radioatividade, por exemplo, dos exames de imagem, como tomografias”, afirma Dra Heliilda Araujo, médica auditora da Banescaixa.
A médica completa que “a prevenção está no dia a dia, no cuidado com a saúde através dos bons hábitos alimentares, da prática de atividade física e da rotina sem o consumo de drogas lícitas (álcool, cigarro, uso indiscriminado de remédios) ou ilícitas”.
Quando devo fazer exames?
Sempre que o seu médico solicitar um exame, avalie com ele a necessidade da realização. Se já fez o exame recentemente, informe ao seu médico. “Exames periódicos podem ser feitos de ano em ano. Se o endocrinologista pediu exames de sangue e no mês seguinte o geriatra solicitou os mesmos exames, informe que já realizou há pouco tempo”, afirma Dra Denise Galvão, médica auditora da Banescaixa. Para ela, o que vale nessa hora é o bom senso.
E esse bom senso precisa acontecer de todas as partes. “O paciente tem que dizer se já fez o exame recente e o médico vai avaliar a necessidade da repetição do exame”. Essa comunicação precisa ser direta e esclarecedora. “Normalmente a repetição do exame em um ano acontece quando há continuidade de um tratamento e acompanhamento da evolução (taxas de sangue ou imagem)”, completa.
Quando devo procurar a assistência médica?
A consulta médica eletiva deve acontecer mediante uma queixa persistente. Dra Heliilda Araújo explica que a consulta com o clínico geral é muito importante para o direcionamento correto do beneficiário ao especialista que irá realmente trata-lo.
“Para a consulta, o beneficiário deve ter em mãos os últimos exames realizados e o histórico das queixas anotadas (onde dói, quando, por quanto tempo, se tem febre, por exemplo), para que o direcionamento do diagnóstico tenha mais êxito”, afirma Araújo.
Os atendimentos de urgência e emergência, no entanto, devem ser resolvidos no pronto-socorro de um hospital da rede credenciada ou mais próximo no momento da crise. “Os hospitais devem atender casos de vida e morte. Hospital não é para atendimento eletivo, que pode aguardar o agendamento de uma consulta em consultório”, completa.
A médica destaca a importância da conscientização do atendimento de um pronto-socorro, pois, “o atendimento desnecessário em um hospital pode roubar a chance de salvar uma vida”.
Urgências são os casos resultantes de acidentes pessoais ou de complicações no processo gestacional;
Emergências são os casos que envolvem risco iminente de vida, sofrimento intenso, perda de membro ou função vital, exigindo tratamento médico imediato.
Texto: Equipe Banescaixa
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