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titulo pais e filhos
Amamentação prolongada: até quando amamentar seu filho?
Descubra se, mesmo depois de a criança já ingerir outros alimentos, o leite materno ainda traz benefícios

"Nossa, mas ainda sai leite ainda?", "esse leite não tem mais vitaminas", "nossa, vai mamar até ficar adulto?". Essas são apenas algumas das frases ouvidas pelas mães que optam por continuar amamentando seus filhos, mesmo quando eles não são mais tão bebês. E o número de mulheres que escolhe dar prosseguimento ao aleitamento mesmo quando o bebê já come diversos alimentos não é pequeno. Em uma pesquisa realizada no site da Revista Crescer, 23% das 664 participantes disseram que amamentaram os filhos até 1 ano, 16% até 1 ano e meio, 18% até 2 anos e 21% continuaram depois dos 2 anos.

Será que os palpites de quem critica essa escolha têm algum fundamento? O leite materno ainda traz benefícios, mesmo quando a criança já tem uma dieta de sólidos estabelecida? A resposta é sim. “Mesmo depois dos seis meses, quando o bebê já passa a comer e a ingerir líquidos, o leite materno continua trazendo benefícios. Além dos nutrientes, há a questão do vínculo entre mãe e filho e das imunoglobulinas, que ajudam a fortalecer a imunidade”, explica o pediatra e neonatologista Nelson Douglas Ejzenbaum, de São Paulo (SP). Esse fator protetor, aliás, faz com que muitas famílias prossigam com o aleitamento materno até a fase em que a criança entra no berçário ou na creche pela primeira vez. “Dentro dos dois primeiros anos, faz uma grande diferença”, afirma Ejzenbaum.

Silvana Salgado Nader, membro do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), concorda e diz: “As evidências científicas demonstram que há benefícios da amamentação não só do ponto de vista nutricional, mas também imunológico, metabólico, ortodôntico, fonoaudiológico, afetivo, econômico e social. Tudo isso é evidenciado de forma intensa quando a amamentação ocorre de forma exclusiva até os 6 meses de idade e complementada até pelo menos os 2 anos ou mais”, recomendações, aliás, da Organização Mundial de Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria e do Ministério da Saúde.

E depois dos 2 anos?

Esse tempo “a mais” é justamente a dúvida que fica para muitas mães. Os benefícios do leite materno continuam existindo. De acordo com Silvana, o aleitamento materno depois dessa idade está relacionado com menor chance de sobrepeso e obesidade, uma vantagem e tanto já que, atualmente, esse é um dos maiores perigos que rondam a infância. O leite ainda oferece nutrientes, mas seu papel principal nesse ponto já foi desempenhado. Ele não passa a ser "um alimento vazio", como muita gente costuma repetir, mas os nutrientes já são supridos com a alimentação sólida.

Por isso, não há uma resposta exata sobre o momento certo do desmame. Tudo depende da decisão da família. “A idade ideal para desmamar é uma questão polêmica. Em algumas culturas não-ocidentais, as mulheres amamentam seus filhos até 3 ou 4 anos de idade. O desmame sofre influências de aspectos socioculturais e econômicos”, diz a especialista. Para ela, o fim dessa fase faz parte do desenvolvimento do bebê e da evolução da mulher como mãe. “O fim da amamentação deve ser visto como um processo e não como um evento isolado. A decisão do tempo de duração do aleitamento materno cabe ao binômio mãe-bebê e à sua família”, explica.

A hora do desmame

De acordo com a pediatra da SBP, a melhor forma de fazer o desmame é quando ele ocorre naturalmente. Nesses casos, o bebê vai adquirindo maturidade para deixar de demandar o leite materno. “Alguns sinais de que a criança está amadurecendo para o desmame: menos interesse nas mamadas, aceita variedade de outros alimentos, outras formas de consolo, não ser amamentado em certas ocasiões e locais, é seguro na sua relação com a mãe”, enumera.

Para Ejzenbaum, quando a mãe decidir pelo desmame, é preciso ter cuidado para ser firme e não voltar atrás. “Uma vez que você negar, é necessário continuar explicando para o seu filho que não tem mais. Ceder uma vez ou outra pode deixar a criança confusa e tornar o processo mais difícil”, orienta.


Fonte: Revista Crescer


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