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titulo pais e filhos
Beijar é tudo de bom!
Beijo faz tão bem para o recém-nascido que devia ser uma recomendação dada pelos pediatras.

A mãe pega o bebê no colo e enche ele de beijinho. Pois nesse gesto de carinho está se formando e sendo nutrido o vínculo entre mãe e filho. Mas a importância do afago é também biológica: o beijo contribui fortemente para o processo de desenvolvimento da imunidade do recém-nascido. O que vale para os beijos é verdade também para os gestos de carinho: o abraço, o cafuné, a coceguinha na barriga, a massagem após o banho.

Vivian Antunes, mãe de Gabriela e Diogo, pediatra do Instituto Nascer, explica que o beijo contribui no desenvolvimento emotivo da criança a partir dos estímulos que são enviados ao cérebro. “A organização neural começa a ter mais respostas”, explica. Dessa maneira, a parte do cérebro que é responsável pelas emoções começa a “entender” esses estímulos, o que deixa os bebês mais tranquilos e calmos.

Logo em seguida ao parto, já é bom que o bebê seja acariciado e beijado, ficando o máximo possível com a mãe. “É reconfortante para o recém-nascido escutar o coração da mãe e ouvir o movimento dos órgãos, tudo o que é tão familiar para ele”, diz. “Ele acabou de deixar um ambiente conhecido, todo preenchido por líquido e escurinho. De repente, tudo muda, e ele precisa muito se sentir acolhido.”

No livro “Tocar – O Significado Humano da Pele”, o autor Ashley Montagu chama atenção sobre o papel fundamental do toque para a saúde física e mental das pessoas, do bebê ao idoso. Ele diz que o feedback da pele acontece o tempo todo, sem interrupção.

A estimulação da pele trabalha a parte sensorial e motora: são informações passadas dali para o nosso cérebro. Dar um beijo no rosto do seu bebê, colocá-lo aninhado no peito e sussurrar no ouvido são gestos que remetem ao ambiente em que ele estava, dando-lhe mais segurança para enfrentar o vasto mundo que existe fora do útero.

Com o toque da mãe, a criança começa a ter a percepção do corpo externo, de tudo que existe além dos seus órgãos internos. “O toque dá ao bebê consciência corporal. Esses toques afetivos também vão trazer a sensação de segurança, de satisfação, de tranquilidade”, explica Elizabeth Monteiro, psicóloga e mãe de Gabriela, Samuel, Tarsila e Francisco.

Alerta:
Beijo faz bem para a saúde
E o beijo também faz bem para a saúde da criança. Como assim? “Quando a mãe beija a bochecha do bebê, ele está sendo exposto às bactérias dela. E vai ser colonizado por essas bactérias do bem”, orienta a pediatra. O sistema imunológico, por sua vez, vai reconhecendo essas bactérias e fortalecendo a capacidade de defesa do corpo da criança.

Segundo o infectologista Alberto Chebabo, pai de Luisa e Daniel, essa defesa contra organismos patogênicos pode ser estimulada também pela amamentação: ao mamar, o corpo do bebê entra em contato com as bactérias da mãe e vai aos poucos criando e fortalecendo o seu próprio sistema imunológico. É uma prevenção primária de doenças, absolutamente fundamental antes que a criança seja vacinada e produza os próprios anticorpos. “A própria sensação de bem-estar da criança vai favorecendo o sistema imunológico, porque ela fica mais tranquila, e o contato com a mãe diminui o stress”, diz.

Assim, com um ato de carinho, a mãe ajuda a combater tanto as infecções bacterianas como as virais, além de alergias. “Com o beijo reduzem-se doenças respiratórias, infecciosas, gripes, resfriados e algumas viroses”, explica o infectologista. Mas fique atenta: não beije o seu bebê na boca, sobretudo nos primeiros dias de vida. Ele ainda tem poucas defesas no corpo e a transmissão via mucosa é muito mais rápida. “Pode acabar causando doenças como herpes e infecções mais fortes”, complementa. Maior, a criança tende a imitar o que os pais fazem e pode acabar beijando os amigos da escola (na boca), favorecendo ainda mais que acabe pegando alguma doença.

Hormônio do amor
Toda demonstração de afeto influencia diretamente o comportamento e a formação da criança. O colo da mãe, geralmente, é onde ela se sente mais segura, pela sensação de prazer e conforto. “O bebê ouve o coração da mãe e a voz que conhece tão bem, que ouviu durante toda a gestação”, explica a psicóloga Alessia Leone, mãe de Luca e Anna.

A interação é feita pelos cinco sentidos, com predominância para o olhar, o toque e o cheiro da mãe, que é reconhecido e traz segurança emocional para que sejam estimulados a criar vínculos. “A ocitocina, o hormônio do amor, que produz a sensação de bem-estar, funciona para a mãe e para o filho”, explica a especialista. Exemplo das redes que são assim acionadas: o toque afetivo e a amamentação estimulam a produção de ocitocina, o que leva também à produção de mais leite por parte da mãe. Com o hormônio, a mãe sente diminuição do stress, realização e autoestima elevada a partir das relações afetivas com o filho.

Segundo a psicóloga, o vínculo está relacionado também à autoestima da criança. Por isso, um bebê que recebe o acolhimento emocional provavelmente vai ser uma pessoa mais segura e se sentir querido. “Ele vai ter a percepção de pessoa capaz e amada, levando isso para a sua vida e relações afetivas. O vínculo estimulado desde o início faz toda a diferença na vida emocional da pessoa”, explica Alessia.

Outros significados dos beijos
O beijo é a continuidade de um comportamento primitivo. Segundo Betty Monteiro, as mães costumavam mastigar os alimentos para oferecer aos filhos que não tinham dentes. “O beijo é uma evolução disso. Tem essa conotação afetiva de nutrir de amor”, explica.

Na fase dos porquês, as crianças podem incluir indagações sobre o beijo na bochecha e o beijo na boca. “É importante explicar para a criança como na nossa cultura se estabelece a troca de afeto”, diz Betty. “Uma série de condições psíquicas e sociais podem favorecer ou dificultar essa compreensão”, complementa.

O beijo também é um ritual de separação antes de a mãe sair para trabalhar ou quando os pais deixam o filho na escolinha. Fica mais fácil para a criança enfrentar essa separação temporária quando sua bateria de carinho está carregada!

As crianças pedem beijo no ferimento quando acabam de se machucar. Essa atitude simples acalma e tranquiliza a criança, principalmente quando está assustada. É quase um placebo, algo que, sem nenhum efeito real, ajuda a curar.

A segurança de um beijo antes de dormir pode resultar em tranquilidade durante o sono. Semelhante à ‘bênção’, o beijo na mão ou na testa, que é uma expressão do desejo de proteger a criança. São valores rituais da família.

O beijo também é uma das maneiras com que a criança experimenta a linguagem simbólica da cultura e os valores de sua família. “O beijo é uma das primeiras gracinhas que a criança faz, como as palminhas. Com esses gestos, ela já faz uma produção cultural que se estabelece por identificação e interação com os demais”, explica Julieta Jerusalinsky, membro da Associação Psicanalítica de Porto Alegre (APPOA), mãe de Ignacio e Sofia.

Fonte: Revista Pais e Filhos

 

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