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Conheça 8 fatores que aumentam as chances de infarto nas mulheres
Conheça 8 fatores que aumentam as chances de infarto nas mulheres
Pesquisa indica que o coração da mulher anda maltratado e as razões são inúmeras: pressão no trabalho, acúmulo de responsabilidades e má alimentação estão entre elas

O coração das mulheres anda maltratado e as razões são inúmeras: as mulheres enfrentam pressão no trabalho, acumulam responsabilidades com a família e a casa. Acabam engolindo alimentos gordurosos às pressas, estão cansadas e não encontram tempo para a vida afetiva e sexual. A bebida ou o cigarro, muitas vezes ambos, entram como antídoto para a solidão e a ansiedade. Há ainda enorme desinformação sobre o que agride a saúde cardiovascular, o que coloca 21 milhões de brasileiras sob a ameaça de infartar.

O leque de equívocos sobre um problema tão sério está na pesquisa “Sinta Seu Coração”, realizada com 5.318 brasileiras das cinco regiões pela área de Pesquisa Inteligência de Mercado da Abril Mídia. Veja as descobertas:


1. Tudo nelas é diferente

As artérias femininas são 15% mais estreitas e estão mais sujeitas aos fatores de risco relacionados a entupimentos. “Uma vez lesionadas, as veias suportam menos a agressividade de um infarto e logo se rompem”, diz o cardiologista Leopoldo Piegas, do Hospital do Coração de São Paulo.

Quando a dieta é rica em gorduras saturadas, as consequências são piores para elas. No homem, as placas adiposas acabam inflando a veia e demoram a obstruí-la. Nas mulheres, a ação é a de fechar rapidamente. Isso faz os médicos acreditarem que, após um infarto, mulheres têm risco mais elevado de morrer que os homens.

Também por causa das artérias finas e tortuosas, elas estão mais propensas à hipertensão. De novo em desvantagem: o risco de desenvolver cardiopatias aumenta cinco vezes na mulher que tem pressão alta em comparação com a que não é hipertensa. No homem, duas vezes.


2. Diabetes, menopausa, obesidade...

A maioria das pesquisadas não tem consciência de que o excesso de glicose no sangue é implacável sobre as artérias delgadas das mulheres. Apenas 18% veem na doença um fator de risco, sem saber que quatro em dez diabéticas morrem de males do coração. Entre os homens são três óbitos.

Já a obesidade figura entre as preocupações de 80%. Mas é raro associar a medida da cintura às complicações. Nessa região, as estruturas celulares adiposas se multiplicam rapidamente. E essas células interferem nos processos inflamatórios e de resistência à insulina. Quanto maior a quantidade delas, mais desprotegido o coração.

“É papel do médico deixar claro que lipoaspiração não reduz o risco de infarto”, explica Otavio Gebara, livre-docente em cardiologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. “Precisamos disseminar a cultura de medir a cintura (que deve ter em torno de 80 centímetros) e, dependendo do caso, dar mais valor a ela do que ao número da balança.”

Também a menopausa é pouco relacionada: apenas 3% a mencionaram. No período, a possibilidade de infarto é duas vezes maior se comparada com a das mais jovens. Nossa pesquisa mostra que 73% das mulheres que têm mais de 50 anos nunca fizeram o exame nem mesmo para prevenir a osteoporose.

Outro alerta é sobre inflamações, como a periodontite, que afeta a gengiva. Compostos inflamatórios invadem a circulação quebrando a proteção das artérias. “Placas de gordura se rompem induzindo a entrada do colesterol nas células e a formação de coágulos, que obstruem o fluxo do sangue”, afirma a cardiologista Denise Hachul, da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. Podem ocorrer infarto e acidente vascular cerebral.


3. O peso das emoções

O médico Álvaro Avezum, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo, costuma dizer que dívidas, desemprego, separação e morte de familiares fazem parte da vida, mas, como são situações traumáticas, causam impacto na saúde. “Somadas ao stress diário, podem acabar em depressão”, avisa.

A psicóloga Heloisa Galan, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), estabeleceu a relação entre depressão e infarto ao analisar os sentimentos de dez enfartadas entre 37 e 60 anos. Todas se sentiam desvalorizadas. Algumas haviam sido traídas pelo parceiro ou acumulavam questões emocionais mal resolvidas.

Para o psiquiatra Renério Fráguas Junior, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, o mal atinge mais as mulheres porque as oscilações hormonais as tornam vulneráveis diante dos sentimentos. “No stress intenso, o sistema vascular recebe uma sobrecarga de noradrenalina que acelera o coração, contrai os vasos e aumenta a pressão arterial”, explica Denise Hachul.

Mesmo com as artérias perfeitas, há risco de infarto ou AVC, já que, sob stresse, falta oxigênio. No organismo da deprimida, a concentração de cortisol é maior, afetando a frequência cardíaca e elevando a coagulação sanguínea. Sem contar que, desmotivada, ela se cuida menos, come mal, não se exercita e ganha peso. Podem decorrer do quadro o diabetes, a hipertensão e o colesterol alto.


4. Hábitos e mais equívocos

Sobre comidas: 25% almoçam na rua e 8% pulam refeições. Do total, 91% sabem (embora possam abusar) que alimentos industrializados são prejudiciais por causa do excesso de gordura e sal. Isso aumenta o volume de sangue e eleva a pressão, o que passa a comprimir as veias.

Depois, vêm refrigerantes apontados como danosos por 81%, doces por 80% e carne vermelha por 74%. O café está na rotina de 84% e o hábito é saudável: a bebida tem poder antioxidante, combate os radicais livres e, assim, preserva as estruturas arteriais. Já 37% condenam o ovo sem saber que ele carrega gordura monoinsaturada, capaz de blindar o coração. A falta de pique para a academia ou qualquer modalidade de ginástica é assumida por 67%.

“O exercício associado à reeducação alimentar é a maneira mais eficaz de reverter os marcadores negativos”, diz Gebara. Junte-se à dupla o cuidado com o equilíbrio emocional e tudo ficará perfeito. Os especialistas recomendam às mulheres dar aos problemas as devidas dimensões, culpar-se menos e ser um pouco egoísta de vez em quando.


5. Vida agitada e colesterol alto

“Nada indicava que eu sofreria um infarto. Mantinha o peso com caminhadas, não havia sinal de hipertensão ou diabetes. Só o colesterol andava alto. Minha maratona diária era de 15 horas de trabalho e, nos fins de semana, corrigia provas e preparava aulas. Vivia sobrecarregada. Há seis anos, um estopim deflagrou a crise: sofri um sequestro-relâmpago na saída de um supermercado. O bandido sacou o dinheiro com meu cartão e me deixou no carro passando mal. Senti uma dor dilacerante nas costas, como se um canivete me rasgasse. Cheguei ao hospital duas horas depois. Diminuí o ritmo de trabalho para dez horas e aprendi a me preocupar menos com as coisas. Agora, me dedico mais a mim.”

Maria das Graças Maciel, 64 anos, bióloga e professora, de Salvador.


6. A fé no ritmo cardíaco

Uma pesquisa publicada em 2012 no International Journal of Psychiatry in Medicine, com 3.936 americanos, constatou que os que rezavam ou liam literatura religiosa apresentavam 40% menos risco de hipertensão. “O que importa não é a crença ou o dogma, mas enxergar valores além das coisas materiais”, diz o cardiologista Álvaro Avezum, que coordena um grupo de estudo sobre o tema no Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo.

Para ele, espiritualidade é uma postura diante da vida, com base em ética, tolerância, tranquilidade, capacidade de perdoar, resiliência, solidariedade e cidadania. “A ciência tem comprovado que sentimentos positivos melhoram a saúde, reforçam a coragem e a confiança e fazem o paciente se dedicar mais ao tratamento.”


7. Sedentarismo e stress

“Para me afastar do stress, resultado de muita competição no escritório, 12 horas de jornada e mais duas no trânsito, pedi férias e fui para a Irlanda. Na volta, me senti mal. A pressão caiu, o coração disparou, veio uma sensação de desmaio e as extremidades arroxearam. Os sintomas se repetiram. Consultei vários especialistas. Chegaram a dizer que era emocional. Passei por constrangimentos: as pessoas achavam que eu fazia corpo mole. Com medo de ter crises em público, me afastei de tudo. Busquei a última ajuda no Instituto do Coração (Incor), onde ouvi um diagnóstico: síncope (perda da consciência e do tônus muscular por falta de irrigação de sangue para o cérebro, causada pelo ritmo cardíaco desequilibrado, que pode levar ao infarto). A pressão no trabalho e o sedentarismo só complicaram um mal não diagnosticado antes. Tratei com remédio e terapia. Aceitei um emprego menos estressante e, com mais tempo, vou à academia, ao cinema, leio. Ganhei a vida de volta.”

Giovanna Rossetto, 33 anos, analista de recursos humanos, de Campinas (SP).


8. O cigarro como parceiro

“Eu estava de férias, almocei e tirei um cochilo. Horas depois, uma dor no peito, como um soco, se estendeu para o pescoço e os braços. Era um infarto. Fumei por 20 anos, estava acima do peso e entrando na menopausa. Para completar, havia enfrentado grandes tristezas: minha mãe tinha morrido de câncer, meu marido sofrido um derrame e uma amiga estivera entre a vida e a morte. As baforadas eram companheiras nas horas difíceis. Enfartar me fez mudar. Entrei na academia. É um momento para mim, antes dedicado ao cigarro. Quero aproveitar os netos que virão e ter mais alegria.”

Rosalina de Sá Marcilia, 52 anos, educadora, de São Paulo.


Fonte: Revista M de Mulher


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