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Outubro rosa:obesidade e câncer
Obesidade e câncer de mama
Ao atingir a menopausa, mulheres obesas correm mais risco de desenvolver câncer de mama. A obesidade é fator de risco também para câncer de cólon, esôfago, rim e endométrio (a camada que reveste a parte interna do útero)

Em 2003, um estudo com 350 mil mulheres mostrou que a probabilidade de morte por câncer de mama cresce com o aumento do índice de massa corpórea (IMC = peso/altura x altura). Por outro lado, sete pesquisas clínicas realizadas pelo International Breast Cancer Study Group, com mais de seis mil mulheres, não conseguiram estabelecer relação direta entre IMC e mortalidade pela doença.

Como essas publicações foram criticadas por razões metodológicas, a influência da obesidade no prognóstico do câncer de mama tem permanecido controversa. Um grupo da Dinamarca publicou um estudo no qual foram acompanhadas 18.967 mulheres operadas de câncer de mama, por um período de 30 anos. É o levantamento mais completo já relatado.

Comparadas às mulheres com IMC < 25, as que apresentavam IMC > 30 geralmente estavam na menopausa, apresentavam tumores maiores, mais agressivos e com comprometimento mais extenso dos linfonodos da axila. O IMC não guardou relação com a probabilidade de desenvolver recidivas locais da doença, fato provavelmente associado ao sucesso no tratamento da lesão primária.

O risco de metástases (novo tumor) em órgãos distantes, ao contrário, teve relação direta com o ganho de peso: dez anos depois da cirurgia, mulheres com IMC > 30 apresentaram mortalidade por câncer de mama 46% mais elevada. Como esperado, a mortalidade geral desse grupo também foi mais alta.

A análise estatística mostrou que a obesidade é por si fator de mau prognóstico, independente do tamanho do tumor primário, do grau de agressividade e do número de linfonodos axilares comprometidos.

Ao contrário do que pensávamos no passado, o tecido adiposo não é um simples depósito de células capazes de armazenar gordura para mobilizá-la nas épocas de vacas magras. Hoje sabemos que ele é formado por diversos tipos celulares (adipócitos, pré-adipócitos, macrófagos, fibroblastos e células endoteliais) dotados da propriedade de produzir tantos hormônios e mediadores químicos, que muitos o consideram a segunda glândula mais importante do organismo (a primeira é a hipófise*).

Um dos principais hormônios produzidos pelo tecido gorduroso é o estrógeno. Como a obesidade que se instala na menopausa contribui para a produção excessiva desse hormônio numa fase da vida em que seus níveis deveriam estar em queda por causa da falência da função ovariana, os tecidos sensíveis à ação estrogênica ficam mais expostos aos estímulos que provocam multiplicação celular.

Por outro lado, a obesidade está associada a um processo inflamatório subclínico instalado no interior do tecido gorduroso. O estado inflamatório crônico resultante contribui para o aparecimento de resistência à insulina e para a proliferação e progressão de células malignas. Moléculas pró-inflamatórias produzidas nos acúmulos de tecido adiposo, inclusive naqueles localizados na própria mama, criam um meio fértil para a multiplicação celular.

Além desses fatores que atuam na resposta inflamatória, os adipócitos secretam moléculas conhecidas como adipocinas, entre as quais a leptina e a adiponectina, que estão ligadas ao controle dos mecanismos de fome e saciedade. Na circulação sanguínea de pessoas obesas, os níveis de leptina estão mais elevados e os de adiponectina mais baixos, perfil bioquímico que favorece a formação de metástases e a progressão da doença.

A obesidade interfere, ainda, com a produção de insulina e com o fator de crescimento conhecido como IGF-1, que também contribuem para aumentar o risco do aparecimento da doença. Mulheres que tiveram câncer de mama devem fazer de tudo para manter o IMC abaixo de 25.

* Hipófise é considerada uma "glândula mestra". Ela secreta hormônios que controlam o funcionamento de outras glândulas, sendo grande parte de suas funções reguladas pelo hipotálamo.

ENTENDA O CÂNCER DE MAMA

Câncer de mama

Mamas são glândulas cuja principal função é a produção do leite, que se forma nos lóbulos e é conduzido até os mamilos por pequenos canais chamados ductos. Quando as células da mama passam a dividir-se de forma desordenada, um tumor maligno pode instalar-se principalmente nos ductos e mais raramente nos lóbulos.

Câncer de mama é uma doença que acomete mais as mulheres. São fatores de risco a idade avançada, a exposição prolongada aos hormônios femininos, o excesso de peso e a história familiar ou de mutação genética. Ser portadora dos genes BRCA1 e BRCA2 é um fator de risco importante.

Estão também mais propensas a desenvolver a doença por causa da longa exposição aos hormônios femininos, as mulheres que não tiveram filhos ou tiveram o primeiro filho após os 35 anos, não amamentaram, fizeram uso de reposição hormonal (principalmente com estrogênio e progesterona associados), menstruaram muito cedo (antes dos 12 anos) e entraram mais tarde na menopausa (acima dos 50 anos). No entanto, há casos de mulheres que desenvolvem a doença sem apresentar fatores de risco identificáveis.

Sintomas

Em geral, o primeiro sinal da doença costuma ser a presença de um nódulo único, não doloroso e endurecido na mama. Outros sintomas, porém, devem ser considerados, como a deformidade e/ou aumento da mama, a retração da pele ou do mamilo, os gânglios axilares aumentados, vermelhidão, edema, dor e a presença de líquido nos mamilos.

Diagnóstico

A mamografia (raios-X das mamas) é o exame mais indicado para detectar precocemente a presença de nódulos nas mamas. O exame clínico e outros exames de imagem e laboratoriais também auxiliam a estabelecer o diagnóstico de certeza.

Apesar de a maioria dos nódulos de mama ter características benignas, para afastar qualquer erro de diagnóstico, deve ser solicitada uma biópsia para definir se a lesão é maligna ou não e seu estadiamento (análise das características e da extensão do tumor).

Tratamento

As formas de tratamento variam conforme o tipo e o estadiamento do câncer. Os mais indicados são: quimioterapia (uso de medicamentos para matar as células malignas), radioterapia (radiação), hormonoterapia (medicação que bloqueia a ação dos hormônios femininos) e cirurgia, que pode incluir a remoção do tumor ou mastectomia (retirada completa da mama). O tratamento pode, ainda, incluir a combinação de dois ou mais recursos terapêuticos.

Recomendações

* Faça o autoexame das mamas mensalmente se você é mulher e tem mais de 20 anos, pois cerca de 90% dos tumores são detectados pela própria paciente. Faça de preferência no 7º ou 8º dias após o início da menstruação;

* Procure o médico para submeter-se ao exame das mamas a cada 2 ou 3 anos, se está entre 20 e 40 anos; acima dos 40 anos, realize o exame anualmente;

* Não se esqueça de que a mamografia deve ser realizada todos os anos;

* Atenção: embora menos comum, o câncer de mama também pode atingir os homens. Portanto, especialmente depois dos 50 anos, eles não podem desconsiderar sinais da doença como nódulo não doloroso abaixo da aréola, retração de tecidos, ulceração e presença de líquido nos mamilos.


 

Fonte: Site Dr. Drauzio Varella


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